Secretário do Tesouro diz que ‘melhor política fiscal é vacinar rápido’

Notícias | 16/03/21

16/03/2021 11h41 Atualizada em 17/03/2021 11h49

Bruno Funchal, Secretário do Tesouro Nacional, comemorou a aprovação da PEC Emergencial, que facilitará a criação de um novo auxílio emergencial, mas fez uma ressalva: “a melhor política fiscal é vacinar rápido a população”. Ele acredita que não basta providenciar o auxílio para superar a crise econômica do país.

“A gente tem quatro meses para acelerar a vacinação e vai estar rolando o auxílio emergencial. Então, a melhor política fiscal é vacinar rápido a população. Dependendo dessa velocidade, a gente não vai precisar de uma nova rodada (de auxílio)”, afirmou Bruno em entrevista ao jornal O Globo.

Em entrevista à GloboNews, Bruno Funchal reafirmou sua visão e fez uma projeção de quando a economia poderá voltar a normalidade se a previsão do governo em relação à entrega de doses seja cumprida.

“O objetivo é ampliar a vacinação e aí, dada as informações das doses, da população prioritária sendo vacinada, imaginamos que até fim de junho, começo de julho estaremos entrando neste período da normalidade, pelo menos nas projeções em termos da economia e da retomada da economia”, disse.

Na entrevista ao jornal o Globo, Bruno Funchal também cogitou a possibilidade de fazer mais um esforço fiscal para que o auxílio aumente além dos R$ 44 milhões aprovados. Mas ressaltou de novo que “para a política fiscal, econômica e sanitária, o melhor instrumento é uma vacinação acelerada”. Segundo o Secretário, o objetivo inicial da PEC Emergencial não era exatamente permitir a criação do auxílio emergencial.

“O objetivo dessa PEC não era fazer uma economia que compensasse os R$ 44 bilhões do auxílio emergencial. As pessoas se apegaram muito a isso, mas esse não era o objetivo. O objetivo era: a gente precisa de uma contrapartida que mostre que estamos num processo de consolidação fiscal, que mostre credibilidade no médio e longo prazo”, explicou Bruno. Segundo as contas dele, as economias geradas pela PEC Emergencial podem chegar a cerca de R$ 93 bilhões para estados e R$ 54 bilhões para os municípios. E ainda há espaço para discutir corte de jornada e salário de servidores na reforma administrativa.

“Redução e otimização de despesa de pessoal podem vir de uma forma mais estruturada na reforma administrativa, que casa isso com modernização do Estado. E é a próxima pauta da Câmara”, afirmou Bruno, apostando que isso virá “em forma de otimização do gasto de pessoal, que vai trazer ganho fiscal de médio e longo prazo”.

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Fonte: UOL